Atores da Cia se apresentam no lançamento do livro de Alzira Maria Ribeiro

Em um mundo agitado, Alzira Maria Ribeiro pede tempo ao leitor, para que sua densa poesia possa ser apreciada. Não se trata de uma leitura fácil. Exige que a pessoa se debruce sobre ela para se encantar. “Só sabemos do vir se formos rumorejando o leito esperançoso de águas no engrossar do rio” - esses são versos de “Soleira para um império novo”, primeiro livro da autora, que será lançado no próximo dia 17 de novembro, a partir das 19 horas, na Academia Mineira de Letras – rua da Bahia, 1.466, Centro. Alzirinha, como é conhecida entre os amigos, é leitora voraz e começou a escrever em 1986. Na verdade, ela já possui cinco livros de poesia, registrados na Fundação da Biblioteca Nacional, todos inéditos. Depois de reunir coragem para a primeira publicação, com certeza, irá deixar os leitores ávidos pelas próximas edições.

No prefácio, Jota Dangelo apresenta a autora: “Artesã de palavras, Alzira Araújo, constrói no tear da poesia uma colcha de sons. Sonha. E é no sonho que vai nos levando para sua oficina, seu imaginário, seu submundo, seu caminho, seu destino, sua inquietação. Até mesmo para seus guardados, seus dons e raízes. Mas são as palavras que a fazem flutuar: Diz, com convicção, que “só o bom pastor apascenta palavras perdidas na podridão do descampado; apanhar palavras é missão”. E é. Ofício do poeta, que poetar é exatamente isto: criar uma sinfonia de palavras que nos arrastam para o desconhecido universo da emoção, onde realidade diz pouco e a imaginação ganha substrato de pertinácia, contorno nítido de sentimento inexplicável, enlevo.”

Significado da poesia

Alzira Maria Ribeiro se orgulha dos 27 anos dedicados ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais tendo passado 27 anos na instituição. É mineira e mora em Belo Horizonte há 40 anos. “Amo essa cidade”, diz a poeta. Formou-se em Letras pela UFMG e em Filosofia pela PUC Minas.

Ganhou o Prêmio de Literatura BDMG de 2005 e foram publicados, no livro “Minas em Mim”, 13 poemas dela, juntamente com outros de mais três ganhadores. Esse prêmio abriu as portas do BDMG Cultural, sendo que o livro que está publicando tem o prefácio do Professor Jota Dangelo, presidente do órgão. Obteve o primeiro lugar, no 3o Concurso Literário do Tribunal de Justiça de Minas Gerais – gênero poesia, categoria servidor, em 2000. Ganhou o primeiro lugar no Concurso de Monografias, da PUC Minas, com uma monografia: “Belo Horizonte, cidade polifônica”.

“Tenho a poesia como minha salvação. Escrevo para ser melhor do que sou. Desejo que minha poesia possa ser motivo de encantamento para os leitores. Meu sonho é ser publicada e não me publicar, embora tenha consciência de que o caminho é muito árduo. Com a publicação de “Soleira para um império novo”, pretendo mostrar meu trabalho e, assim, quem sabe, despertar o interesse de alguma editora”, frisa a poeta.

“Desejo ser apreciada e avaliada por pessoas ligadas à literatura e por leitores cuidadosos e interessados num bom texto”, comenta a artista. E acrescenta: “Estou feliz com a apresentação do meu trabalho por dois renomados representantes mineiros da arte: professor Jota Dangelo, teatrólogo, escritor que fez o prefácio e Décio Noviello, artista plástico que produziu a capa do livro e o ilustrou. Sonho um dia ser muito melhor do que sou e, por isso, continuo fazendo poesia e acreditando que ela é um caminho de resgate do humano em cada um de nós.”

Cia da Farsa

No dia do lançamento do livro, integrantes da Cia da Farsa farão uma performance, inspirados na poesia de Alzira Maria Ribeiro. A apresentação ficará por conta dos atores Alex Zanon, Elton Monteiro, Sidneia Simões e Anderson Vieira, que é também bailarino.

Lançamento do livro ' OS NOVE PENTES D'África" de Cidinha da Silva acontece na Sede da Cia da Farsa no dia 14

"Cidinha da Silva é uma amiga minha que escreve como quem trança ou destrança cabelos e nos presenteia com pentes presentes cheios de passado que nos ajudam a destrinçar o futuro. Seus pentes são pontes de compreensão entre o que somos nós negros brasileiros agora, nossos avós recentes e os tais ancestrais africanos. E pontes entre nós e nossos filhos e sobrinhos, os que vêm depois de nós. Compreensão aqui que eu digo é aquele entendimento afetuoso, apaixonado até e cheio de compaixão no sentido de gratidão pelo que se é. Pelo que nós somos: família, solidariedade e contradição na difícil tarefa de encontrarmos, cada um, nosso papel de levar adiante a história coletiva e ao mesmo tempo afirmar o traço intransferivelmente pessoal do indivíduo. Estar com a mãe e nascer, ser da famíla e ir embora, constituir a sua própria (que ainda é a mesma). É aí que mora o penteado: saber qual é o pente que te penteia. Para os mais jovens, a quem se destina a princípio este livro, mas também para os nem tão jovens assim são generosas as pistas sopradas ao nosso ouvido por essa contadora de história. Escutadora atenta, agora vem a griot nos atentar doce e profundamente. Vem aqui nos alentar deschavando nós e nos ajudando a achar laços nesse desconchavado mundo. Vem reforçar nossas ligações básicas, comunitárias, domésticas. É tão certeiro e tão bem-vindo esse livro que lê-lo me encheu de orgulho e admiração. Pelo tema e pela forma. Sei que os próximos leitores de "Pentes" sentir-se-ão gratos a Cidinha da Silva, como eu". (Chico César, compositor).
Postado por Cidinha da Silva às 07:11 0 comentários Links para esta postagem
A escritora autografa seus livros para os convidados
Os idealizadores do projeto;o escritor Anderson Feliciano e a dançarina Elaine do Carmo

Depois da direção, a dramaturgia...

Meu caminho com a escrita é bem antigo. Desde menino sempre gostei de escrever e com vinte e poucos anos arrisquei um romance que nunca foi publicado (dizem que é muito bom). Minha história com o teatro também é bem antiga e remonta aos tempos de colégio. Mas escrever para teatro foi uma atividade desenvolvida em tempos mais recentes. Ainda não ousei transpor meus escritos para a cena. Mas também não me oponho a que outros artistas o façam no meu lugar.

Alexandre Toledo

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O MENINO ASTRONAUTA

Cia da Farsa promove diálogos

“Diálogos da Farsa”, em sua 1ª edição, discute intersecção do teatro e da dança O evento “Diálogos da Farsa”, uma iniciativa da Cia da Farsa, estreia na próxima sexta-feira, dia 31 de julho, às 19h30, com o tema “Hibridismo no processo criativo: teatro e dança”. Com entrada franca, o objetivo é discutir o processo criativo do teatro e da dança, avaliando a intersecção das linguagens. Entre os convidados estão os diretores Alexandre Toledo (Cia da Farsa), João Bosco Veras, Wilson Oliveira e Luis Carlos Garrocho, os bailarinos Anderson Vieira e Ana Amelia, o ator Robson Vieira. O encontro será realizado na sede da Companhia, na rua Caetés, 616, Centro. Os interessados devem confirmar presença pelo e-mail ciadafarsa@gmail.com Várias questões serão debatidas no evento. Existem fronteiras entre as artes? Onde começam e onde terminam expressões artísticas como o teatro e a dança nos dias de hoje? Nos últimos anos temos assistido a uma “contaminação” recíproca entre as diversas expressões artísticas: dança, design, web-art, teatro, circo, vídeo, artes plásticas, cinema, enfim. Como imaginar o nascimento da performance senão no universo dessas “contaminações”? Cia da Farsa: trajetória Serviço: Diálogos da Farsa; Hibridismo no processo criativo:teatro e dança Dia: 31 de Julho Horário:19h30 Onde: rua Caetés 616. Entre Afonso Pena e São Paulo próximo ao Sesc Laces JK. Entrada Franca Mais informações: Alexandre Toledo 9973 1594 Apoio:
Feira da Farsa
Criação do artista plástico e ator da Cia. da Farsa - Dudu Guimarães- a camisa do espetáculo Auto da Compadecida é confeccionada em tecido 100 % algodão, pintada manualmente, com nome da peça e slogan da Cia da Farsa. Detalhe do fuxico preso á camisa que é a base de todo o figurino da peça.
Preço R$15,00
Encomendas: 8865 9212 e 9791 3859
Prêmio Sinparc 2009 Na última terça-feira, 26/05, o Teatro Sesiminas sediou a sexta edição do Prêmio Usiminas Sinparc, considerado o Oscar do teatro mineiro. A solenidade, que teve início por volta das 21h, reconheceu 32 talentos das artes cênicas de Minas Gerais, separados em três categorias: adulto, infantil e dança. Como nas outras edições, o troféu mais aguardado foi o de Melhor Espetáculo. Desta vez, os vencedores foram: “Auto da compadecida” (adulto), “Faladores” (dança) e “A arca de Vinícius” (infantil). Além desses, outros trabalhos se consolidaram como favoritos dos jurados, tais como “Cocoricó – Sol férias na fazenda” (cinco troféus), “Uma surpresa para Benedita” (dois troféus), “Romeu & Romeu” (dois troféus), “Cortiços” (dois troféus) e “Dolores” (dois troféus).O evento foi apresentado pelo diretor Pedro Paulo Cava e pela atriz Cristiane Antuña. A abertura se deu em clima circense, contando com malabaristas, com direção artística de Dílson Mayron e trilha sonora assinada pelo músico Tatá Sympa (acordeom). De acordo com Rômulo Duque, presidente do Sindicato dos Produtores de Artes Cênicas de Minas Gerais (Sinparc), o resultado foi acima do esperado. “Tivemos diversidade nas premiações. Todas as tendências foram contempladas. Além disso, a classe teatral está unida”, afirmou. Teatro Adulto

Melhor espetáculo

Auto da Compadecida – Alexandre Mauro Toledo

Melhor trilha original

Leri Faria – Auto da Compadecida

Melhor figurino

Alexandre Colla – Auto da Compadecida

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(31) 3245-3778 ou (31) 8736-1342

Prêmio Sesc Sated - Os Melhores de 2008
O espetáculo Auto da Compadecida foi indicado para três categorias no Prêmio Sesc Sated 2009.A premiação aconteceu no dia 26 de Maio ás 20 horas no Grande Teatro do Palácio das Artes.A montagem homônima do texto de Ariano Suassuna foi agraciada com os troféus de Melhor Comediante, para o ator Dudu Guimarães, o de Melhor Figurino para o figurinista Alexandre Colla e Melhor Trilha Sonora para o músico Lery Faria. A todo elenco/equipe e ao Sesc Sated o agradecimento sincero da Cia da Farsa.